O importante é jamais desistir de ser você mesmo.

sábado, 14 de maio de 2016

Rumo a...




















Estou em uma viagem sem ponte, na qual não vejo senão os meios de um mundo sem fim. Não que alguém importe, ou que importe para alguém. É uma transição que vale anotar caso ninguém note, pois persiste a necessidade de ver-me enclausurado nas pichações dos espelhos de bordéis.

Disse-me já não ser possível heróis na poesia, a poesia do herói, o herói poético? A literatura brasileira espera a reencarnação de Assis, assim como os comunistas aguardam Lenin descer dos céus para o juízo final. Eu, por mim, já não espero nem por mim! Nunca houveram heróis para além de um reino distante. Talvez em Youkali. Mas a mim, mero e tolo Youkai da Sin City da Garoa, negaram-me o visto de imigrante ilegal!

Resta-me Pasardaga! Para um não herói que não salvou-se nem da pedra no meio do caminho, tampouco livrou o passar do passarinho que, caído entre as penas de outono, passou desta pra melhor... Ora bolas, não importa! Que orem as bolas no túmulo deste informe que nada informa. Se não vira o herói poema,
Eu,
antagonista de mim mesmo,
da mesma forma que lanço
prosas ao ventre das putas,
farei versos sobre a tirania
destas tiras de retalhos
com as quais limpei a bunda!

Pois, ao tratar-me, em meu início, sobre meio passo que tende ao infinito, creio ser coerente encerrar com o meio que é o fim em si.

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